16 maio 2008

Tristeza não é um nome abstracto



Ensina-se que tristeza, solidão, saudade...são nomes abstractos.
Mentira! Para quem os sente, são bem concretos e pesados. Excessivamente!
Enchem-nos tão completamente, que não sobra espaço para mais nada.
Só com muito esforço, é possível dar a sensação de que se vive.
Só com muito esforço se é capaz de distinguir a luz do dia, da escuridão da noite. Cá dentro não há nascer nem pôr do sol; apenas uma penumbra de nevoeiro mais ou menos cerrado.
Tudo continua mais ou menos desfocado e envolto em telas de saudade e medo.
A saudade, compreendo-a.
Mas o medo ... porquê?

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