Fala-se de dias e dias que escorrem ... sem um filho que partiu! Fala-se à toa ... e escreve-se, sempre, para silenciar a saudade ou as lágrimas. À toa ...
20 maio 2008
Gostava de adormecer...
Já escrevi mais uma página do livro. Uma, de cada vez... para não custar tanto.
Já fiz mais metade de mais um casaquinho.
Já revi os House, as Patologistas, os Boston Legal...
Já acabei o "Segundo Livro de Crónicas, do António Lobo Antunes; já terminei o "Terceiro Livro de Crónicas" do António Lobo Antunes; já iniciei o livro da Maria Filomena Mónica; pelo meio, li mais um ou dois contos da Flannery O'Connor...
Mas a insónia não se rende.
Apago a luz e recomeço a (re)percorrer os corredores do hospital. Vou, novamente, ao bar, (re)tomar mais um café e (re)fumar dois cigarros e regresso sobre os meus próprios pés, até ao quarto piso.
O Manel ou a Olga ficaram lá a fazer companhia ao David.
Sozinho, nunca...
Reconheço as caras dos porteiros e dos seguranças que me reconhecem de passar por ali, vezes sem conta, desde sábado.
E vou ainda mais atrás porque hoje, no ano que passou, fizeste a última quimioterapia e foi um dia de braços caídos...de noite em claro.
Tinhas 5 meses para receber todo o apoio, amor e carinho que te pudessem dar, sem saber...
Recebem-se na medida do que se dá. Eu recebi tudo a dobrar, sem esperar nada.
Ouço os galos a cantar.
Talvez consiga, agora, adormeça.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
E eu que lhe dei tão poucos abraços ;(
Beijos. Nini
Enviar um comentário