22 maio 2008

À minha procura




Não sei se o tempo existe ou se tudo não fará parte de um sonho em que alguém nos sonhou e, fora dele, não há existência própria.
Fui abandonada nesse sonho interrompido.
Olho em volta...
Fiquei lá eu e outros, à minha roda. Mas separados.
Desconjuntados os fios com que alguém nos manipulava.
Não sei como regressar.
Nem refazer a meada.
Tacteio em direcção a sons que reconheço.
Ouço a tua música, ao fundo.
Que se afasta.
E afasta, afasta sempre...
Em suspenso.
Nada…

2 comentários:

Anónimo disse...

Será que não tens nas mãos os fios para refazer a meada, lentamente, com a música sempre ao fundo que te ajudará no caminho do regresso.
Também eu quando olho em volta nos vejo separados e... mudos.
Podes crer que tal como tu estamos todos em suspenso.
Abandonados pelo David e por ti.
Tu e o David eram a nossa meada.
Beijinhos.Nini

Olga Almeida disse...

É essa a sensação... um sonho que passou demasiado rápido! Quanto mais o tempo passa mais difícil é perceber o que foi, o que é ou o que irá ser!
Beijinhos