31 maio 2008

Os abraços da noite



Hoje é noite desperta.
Já me deitei, já me levantei...
Não consigo evitar.
Regressei subitamente à noite de 12 de Outubro, uma sexta-feira, a última em que dormiste cá em casa. Já com a tua cama no meu quarto, caso me chamasses.
Deste-me um "abracinho da noite" e fizeste-me festas na cabeça, sorridente e sossegado.
Dir-se-ia que, nesse momento, se tinham invertido os papéis.
E assim ficou esta casa.
Cadeiras vazias, secretárias sem dono, cama por desfazer, estores por abrir, quartos sempre arrumados, sol inútil a bater nas varandas.
Um som pesado de ausência muda e persistente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Essa casa ficou vazia porque está cheia com a presença do David.
As tuas casas sempre foram e são bonitas,especiais e tranquilas..há que abraçar o projecto da nova/velha casa onde não poderá haver estores por abrir, quartos fechados ou secretárias sem dono.
Será mais uma das tuas casas especiais e que de certo vai acolher novas vidas e emoções a par das recordações de todos os dias da vida do teu querido David.
Beijos.Nini