Fala-se de dias e dias que escorrem ... sem um filho que partiu! Fala-se à toa ... e escreve-se, sempre, para silenciar a saudade ou as lágrimas. À toa ...
16 setembro 2008
17...
Quase dia 18...
Novamente 18.
Sinto-me em contagem decrescente ou será crescente?
O vazio cresce mas, estranhamente, não está vazio.
Aumenta na proporção do espaço de que necessita para albergar a saudade, o que não sei dizer e o silêncio.
O silêncio também não é, verdadeiramente, silêncio; é a caixinha das lágrimas que não se vêem. É lá que as guardo...
De vez em quando, abro-a e esvazio-a até que seque, à luz da Lua e ao ritmo dos dias de calendários passados, onde, também, revivo passo a passo.
Não há retornos nesta estrada que percorri...
Arrastar-te
Queria
Pelos segredos das noites
Pela escuridão que tememos
Pelo vazio que não podemos suportar
Com o absurdo das nossas visões.
Estou alegremente condenado a ti.
Os homens são todos iguais,
Todos em busca do luxo e da fama.
Está tudo perdido,
Não há nada a fazer
A não ser
Arrastar-te
Arrastar-te alegremente.
Somos vulneráveis
Vivemos no arame
Todos bastante instáveis.
Vulnerabilidade é o nosso lamento.
A sorte está do nosso lado,
Mas ninguém pode dizer “Não vou morrer amanhã”!
A estupidez deixa-me doente,
Estamos condenados à liberdade.
Somos um bando de cadáveres,
Não há Deus à espera p'ra t' escolher.
Gostava de ser como todos vós,
Ser indiferente!
Mas a minha vida é demasiado intensa
DAVID SOBRAL
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1 comentário:
fiquei sem palavras com a poesia...
Paula padinha
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