Fala-se de dias e dias que escorrem ... sem um filho que partiu! Fala-se à toa ... e escreve-se, sempre, para silenciar a saudade ou as lágrimas. À toa ...
25 abril 2008
25 de Abril
Preciso de escrever, procuro um pretexto.
Há um momento do dia em que tenho que descarregar a minha saudade constante, para recomeçar, cada dia e aguentar o peso da ausência.
Poderei não dizer o teu nome…
Escrever, aqui, será, sempre, a forma de pensar em ti.
O tema já pouco interessa, seja a solidão, uma árvore, um monte de verde ao fundo, as casas brancas batidas pelo sol, uma pessoa. Agarro-me a qualquer coisa.
Afinal, sobretudo a mim mesma. Tudo o resto é insignificante.
Estou em Moledo, é 25 de Abril.
Há um ano, estreava-se o concerto do “Drumming toca Zeca Afonso”.
Continua na estrada. Na tua estrada.
Procuravas a eternidade? Afinal…eras Abril.
Não hei-de morrer sem saber
Não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade. Eu não posso senão ser desta terra em que nasci. Embora ao mundo pareça e sempre a verdade vença, qual será ser livre aqui, não hei-de morrer sem saber. Trocaram tudo em maldade, é quase um crime viver. Mas, embora escondam tudo e me queiram cego e mudo, não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade.
Jorge de Sena
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