As tournées, os espectáculos, os projectos das artes de palco são mais frequentes, a partir da Primavera.
Com o bom tempo, a pessoas saem mais de casa.
Andam a música e o teatro no ar.
É assim que entendo os telefonemas que, ainda, recebo, como hoje, e, em que do lado de lá, me perguntam "É da casa do David Sobral?"
E eu digo que sim e pergunto quem é, explico o que se passou, que sim, que foi doença; explicam-me donde conheciam o David, que lamentam...pedem desculpa e digo que não tem nada que se desculpar... Mesmo de nada.
Desculpar o quê?
O haver, ainda, quem conte com o David para partilhar um projecto, uma ideia?
O haver, ainda, por aí, gente, conhecidos do David para quem ele, afinal, tem estado vivo?
Até agora.
É tão frágil esta separação entre o estar e logo não estar.
É como se, por um bocadinho, ... uma breve e repousante sensação de estar.
Ilusão.
Logo a dor, o escuro.
A música permanece.
Bebop
Depois do Swing, na história do jazz, apareceu o Bebop o estilo que marcou o princípio do jazz moderno.
A época áurea deste estilo vai de 1943 até ao ano de 1950. Ainda neste tempo, os negros sofriam com os ataques racistas da população branca.
Com o bebop dá-se um regresso brutal ao expressionismo mais desenfreado, o jazz torna-se ainda mais aberto, espontâneo e livre.
Nele se encontra um desejo bastante barroco de destruição das formas gerais, aliado a uma sincera preocupação em manter o requinte formal e a qualidade sonora.
O termo bebop provém das onomatopeias a que os músicos recorriam para estudar e perceber os seus temas e os seus solos.
Os músicos mais sonantes do bebop foram os seguintes: o pianista e compositor Thelonious Monk, quase inventor do bebop; o saxofonista Charlie Parker que é o pai de todos os saxofonistas modernos e o baterista Max Roach que ainda é vivo.
Estes são alguns, poucos, dos muitos músicos que existiram e existem ainda e que fundaram este importante estilo musical que fez com que o jazz se tornasse ainda mais conhecido no mundo.
Deixo-vos agora com o saxofonista Charlie Parker, até logo que...
Jazz Faz Tarde
Charlie "bird" Parker
Thelonious Monk
Max Roach
2 comentários:
COINCIDÊNCIAS
David,
Não vais acreditar no que te vou dizer, mas é verdade!
Vim aqui, a esta nova página de tua mãe, após ter estado a preparar a próxima do meu blogue e que só editarei, taras (!), a seguir.
Já selecionei tudo, imagens, endereços musicais e o texto que já está feito.
Estive para aqui a ler-te e a ouvir as tuas preferências que sempre aprecio embora seja um fanaticozinho da música dita erudita como já terás percebido e eis que chego, por fim, a Max Roach, The Third Eye ...
A coincidência:
Calcula que, entre o material seleccionado para a minha página escolhi um desenho de Cocteau, Les Trois Yeux, que nem a matar sintoniza com esta tua escolha!
Ele há coisas ...
Claro que musicalmente falando as escolhas são diferentes, escolhi uma Ópera de Poulenc, La Voix Humaine, ópera para voz solo e orquestra, que ao telefone vai expondo o seu imenso drama de solidão numa relação que se extingue na mentira!
Só é que tu não estavas, não estavas nem estás, pois se ainda hoje te solicitam pelo telefone!?
Ele há coisas ...!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Abril de 2009
Independentemente do modo como encaremos a Morte,uma coisa é certa:Ela nem destrói o Amor de Mãe nem elimina a Memória dos Afectos...
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