Hoje, fica uma canção que, nas frestas do tempo deste dia, cantarolei baixinho.
O David tinha uma predilecção especial pelo J. Mário Branco.
Ser Solidário
Ser solidário assim pr’além da vida
Por dentro da distância percorrida
Fazer de cada perda uma raiz
E improvavelmente ser feliz
De como aqui chegar não é mister
Contar o que já sabe quem souber
O estrume em que germina a ilusão
Fecundará por certo esta canção
Ser solidário assim tão longe e perto
No coração de mim por mim aberto
Amando a inquietação que permanece
Pr’além da inquietação que me apetece
De como aqui chegar nada direi
Senão que tu já sentes o que eu sei
Apenas o momento do teu sonho
No amor intemporal que nos proponho
Ser solidário sim, por sobre a morte
Que depois dela só o tempo é forte
E a morte nunca o tempo a redime
Mas sim o amor dos homens que se exprime
De como aqui chegar não vale a pena
Já que a moral da história é tão pequena
Que nunca por vingança eu te daria
No ventre das canções sabedoria
Ser Solidário
Por dentro da distância percorrida
Fazer de cada perda uma raiz
E improvavelmente ser feliz
De como aqui chegar não é mister
Contar o que já sabe quem souber
O estrume em que germina a ilusão
Fecundará por certo esta canção
Ser solidário assim tão longe e perto
No coração de mim por mim aberto
Amando a inquietação que permanece
Pr’além da inquietação que me apetece
De como aqui chegar nada direi
Senão que tu já sentes o que eu sei
Apenas o momento do teu sonho
No amor intemporal que nos proponho
Ser solidário sim, por sobre a morte
Que depois dela só o tempo é forte
E a morte nunca o tempo a redime
Mas sim o amor dos homens que se exprime
De como aqui chegar não vale a pena
Já que a moral da história é tão pequena
Que nunca por vingança eu te daria
No ventre das canções sabedoria
Ser Solidário
1 comentário:
SOLIDARIEDADE
Sinto-me um previligiado por ter vivido já adulto, tinha vinte anos então, o 25 de Abril de 1974.
Por ainda hoje sentir como se tivesse acontecido ontem a atmosfera que se respirava como acontece em todos os grandes, maiores acontecimentos que nem todos têm o previlégio de vivenciar como quem o teve o viveu ...
A sensação da possibilidade solidária sem limites que então se partilhou;
A euforia dos sonhos por cumprir e durante tantos e tanos anos adiados;
O sabor da Liberdade nunca antes experimentada como então;
O claudicar da traparia velha e relha que nos sufocava até à medula;
Ser solidário assim pr' além da vida ...!
Gosto e tive o prazer e o previlégio de conhecer, pessoalmente, o José Mário Branco e não regateio a solidariedade que a Si, Querida Isabel, não tenho deixado e me satisfaz prestar.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Abril de 2009
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