Fala-se de dias e dias que escorrem ... sem um filho que partiu! Fala-se à toa ... e escreve-se, sempre, para silenciar a saudade ou as lágrimas. À toa ...
12 outubro 2008
O amanhã não existe.
Vagueio pelo tempo.
12 de Outubro de 2007
Sexta-feira
Jantámos todos. Tu, já com muita dificuldade em engolir.
A frebre continua, apesar de baixa.
Massagens nos pés, almofada levantada. Os pés continuam inchados. Retenção de líquidos.
A Olga está cá, ajuda nas massagens.
Tu estás magrinho, cansado...
Quase pedes desculpa por estares cansado.
Mas estás calmo, até risonho.
Vais dormir no meu quarto.
Já levámos para lá a tua cama há dois dias, elevada ao fundo, por causa dos pés inchados.
Subimos. A Olga foi connosco.
Ajuda nos cremes. Riem-se os dois.
Eu ando por ali, a pôr roupa no sítio, a preparar tudo o que possa ser preciso, de noite.
Podes ter sede e, um pouco ausente como andas, podes não saber o que fazer.
É complicado tomares os medicamentos porque é tudo com água...
Não haverá outra maneira de tomar medicamentos, sem ser em pastilhas?
E quem tem este problema, quase sempre? Sei de casos...
Comprei uns sprays só de água dentária da Bucco Therm - calmante, purificante... É água, refresca; é o que interessa. Ainda nos divertimos a deitar spray para dentro da boca...
A Olga despede-se. Amanhã, volta.
Eu fico por ali, mais um pouco.
São os rituais da noite - música, várias almofadas, luz com determinada intensidade...
Febre baixou.
Deito-me ao teu lado, de barriga para cima e conversamos... não sei bem de quê.
Suponho que de coisas boas e agradáveis que invento para que penses nos teus projectos.
Rimo-nos, também não sei de quê...
Está na hora de dormires.
Despedimo-nos.
"Vá lá, o abracinho da noite."- dizes-me com a voz baixinha.
É um longo abraço e tu fazes-me festas no cabelo...
Irei dormir mais tarde, um pouco.
Já estás a dormir, quando me deito.
Ajeito-me na cama, de forma a ver-te.
No caso de precisares de mim...
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1 comentário:
"Era uma vez um pirilampo
que vivia feliz na floresta
até que uma cobra decidiu
começar a persegui-lo para o comer.
O pirilampo ao entardecer,
quando o seu brilho iluminava a floresta,tentava,em vão,esconder-se da cobra.
Um dia,
farto de fugir e orgulhoso do brilho que espalhava,
decidiu encarar a cobra e olhos nos olhos disse-lhe:
- Sei que me vais comer, mas antes disso responde-me a 3 perguntas.
- Estou a abrir um precedente mas posso fazê-lo. Faz lá depressa as tuas perguntas!, respondeu a cobra
E o pirilampo perguntou:
- Faço parte da tua cadeia alimentar?
- Não,respondeu a cobra.
- Represento uma ameaça para ti?
- Não,respondeu a cobra.
- Então porque me queres comer?
- Porque não suporto ver-te brilhar, respondeu a cobra!
Em dias de olhares tristes, de desencontros forçados, de palavras escassas e de vazios sem limite deixo-te um beijo.
Na 6ª.feira à noite brilharás como sempre e cada vez mais,para quem te ama ... incondicionalmente!
1 beijo da Nini.
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