29 setembro 2011

A tua sombra


Todas os dias, se vão soltando vidros do meu coração em pranto, tantas vezes partido, quantas remendado.
Todos os dias, os volto a colar, pacientemente, no lugar vazio.
Sem outro querer que não seja o de me acompanhar inteiro até àquela hora lusco-fusco que cega os olhos e em que as emoções se misturam numa teia indefinida.
Feita de sol poente e dor; de lua e sombria solidão.
Tecida de saudade.
Da tua sombra bondosa e delicada.




1 comentário:

Carecaloira disse...

Beijinho grande.
Ausente mas sempre presente.