13 setembro 2011

Solidão ... de certa forma ...

Hoje
O sol instalou-se e aqueceu os corpos, deixando-os lassos. O céu sempre azul convidou  à serenidade. Os olhos alongaram-se na busca do infinito, na paisagem.
Nem uma brisa perturbou a quietude das cortinas.
Ou o verde das folhas das árvores silenciosas.
Ou o chilreio dos inúmeros pássaros pousados nas linhas.

E, no entanto, as minhas mãos tremem.
Trago na garganta um nó que impede que outras palavras mais doces sejam ditas
A cabeça rodopia em torno de si própria e dos fantasmas que a habitam, numa inútil fuga do ressentimento e da dor que acompanham a minha contínua saudade.
De ti, meu filho. 
Rodopia em torno do medo (incompreensível) que tenho de que ainda possas sofrer mais; do medo de que sejam ditas palavras cruas que te toldem os olhos de tristura.

Apesar da branca brandura do dia, vivo como se dentro de mim, o sol tivesse escurecido, o céu se tivesse toldado de nuvens, chicoteadas pelo vento, e  um terrível vendaval se anunciasse.
Em moto contínuo.
A saudade do que foi e o medo do que virá ... fazem dos meus dias, dias de inquietação em que percorro incansável o corredor sombrio da minha mente e onde esgoto as minhas forças para te obrigar a ficar.






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