Setembro.
O mês dos dias longos que, outrora, quis intermináveis e sonâmbulos.
Setembro.
Noites brandas de sorrisos, envoltas na ternura de olhares que trocávamos, plenos de silêncios ... rasando a loucura em pânico.
Que importa? Se havia sorrisos, ternura, olhares, silêncios, loucura, ... mesmo o pânico. Que importa? Se havia calor e vida ... e as garras escondidas mas afiadas, prontas a arreganharem a luminosidade quente dos dias de que nos queriam privar.
Havia luz ..., teimávamos em manter-nos protegidos pela luz.
A tua luz; a do brilho dos teus olhos tão verdes de esperança e sonho; a dos teus palcos onde soavam os derradeiros acordes que, na lonjura da memória, trauteavas ...
Tu, em setembro, à beira mar, e o suave marulhar das ondas que te haviam de levar. E o sol, já prisioneiro dourado, lá onde os azuis se entrelaçavam.
A tua silhueta a confundir-se com a areia ainda morna de vida e já quieta de cansaço.
Não sabíamos!
Ou talvez soubéssemos ... e não quiséssemos ver.
Setembro, agora.
Este ou outro que virá ... se vier!
Sem mistério ou fantasia.
Fim da linha.
Só saudade!
Sem comentários:
Enviar um comentário