As histórias que a Manuela inventa são sempre balsâmicas para mim.
Leio-as e releio-as, dentro ou fora da minha bola de vidro.
Percebo que não preciso de me esconder tanto, atrás dos vidros, porque há quem lá entre com pezinhos de algodão, me diga "Olá! Não quero perturbar, mas estou aqui! Vou contar-lhe uma história".
Não me esqueço de sair e de olhar em volta.
Estão lá todos; a começar pelo meu maravilhoso neto, de olhinhos negros e curiosos e de sorriso sempre pronto.
Hei-de contar-lhe as histórias que me contam.
Guardo na minha caixinha do David, as palavras de apoio que me dão, nos dias mais tristes.
Obrigada, Manuela.
Obrigada, Jaime.
Obrigada, António.
Obrigada, MM
Obrigada, Branca
Obrigada, Paula e Marina
Obrigada...
4 comentários:
Obrigado Isabel.Pela saudosa e tão doce evocação da memória do seu amado filho,cuja Bondade transparece das suas fotos e dos seus escritos.Que o reencontre um dia.Bem merece...
SORTE
Isabel,
Cada um tem a sorte que merece e não me venha, minha querida e fazendo beicinho, já com o infortúnio da perda do David, sobrecarregar o azar de que, assim sendo,
seria merecedora.
Ninguém merece ter azar e muito menos a minha Amiga!
As coisas, os infortúnios maiores, simplesmente, acontecem e não estão nem nas nossas mãos nem na vontade de Deus para quem Nele acredite.
Acontecem e não há razão que as expliquem, acontecem e pronto!
A morte acontece e não há quem a ela escape!
Postos estes considerandos e pese embora tudo, a Isabel tem sorte como diz e uma das razões porque a tem é porque se esconde dando numa bonita bola de vidro como é este Seu blogue ou no de pedra e cal pintado de fresco.
Neste, as suas lágrimas transparentes rebrilham como em caixinha doirada onde o David reluz e permanece por aqui.
Um beijinho da cor de uma bola de sabão
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Maio de 2009
Obrigada, Isabel!
A sorte é nossa em a ter como companheira de viagem.
Um abraço de algodão em rama,
Manuela Baptista
Obrigada Isabel,
Pela sua amizade, pela sua experiência de vida, pelo que nos ensina, pela sua doçura de mãe e mesmo pelos seus olhos tristes.
Nunca me esqueci dos seus olhos a única vez que a vi, uns olhos que tinham um mundo lá dentro, um mundo de amor, uns olhos que me deixaram um pudor imenso de a perturbar mais do que já estava, mas porque esse amor é imenso sei que vai ser a força que a vai sustentar e transformar esse sorriso triste num sorriso de doce ternura para o seu neto e toda a família.
Espero que a D. Arminda esteja bem.
Beijos de ternura para si e para ela.
Um abraço imenso.
Branca
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