23 janeiro 2015

Eu não existo sem você!

Vagarosamente
A noite vai-se aconchegando ao fim.
Os sentidos, prisioneiros das horas
Deslaçam-se brandamente
E acomodo-me, finalmente, inteira
Na câmara encoberta da memória
Onde permanecemos tu e eu
Fora do tempo

Adormeço no conflito
Entre o pesar da tua ausência
E o sentir do dever cumprido
Pela metade de mim que se rendeu ao sol.

Esta que se deita inteira
Sem máscaras
E inteiramente tua
Amanhecerá amanhã
Cortada ao meio
Dividida em duas.
Até novo anoitecer.


Porque sim.
É sempre assim.







1 comentário:

Jaime Latino Ferreira disse...

ISABEL VENÂNCIO


Querida Amiga,


RENDIDA AO SOL


Rendida ao sol
e porque sim
eterno retorno
de um imenso rol


Um beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 23 de Janeiro de 2015