Vagarosamente
A noite vai-se aconchegando ao
fim.
Os sentidos, prisioneiros das
horas
Deslaçam-se brandamente
E acomodo-me, finalmente,
inteira
Na câmara encoberta da memória
Onde permanecemos tu e eu
Fora do tempo
Adormeço no conflito
Entre o pesar da tua ausência
E o sentir do dever cumprido
Pela metade de mim que se
rendeu ao sol.
Esta que se deita inteira
Sem máscaras
E inteiramente tua
Amanhecerá amanhã
Cortada ao meio
Dividida em duas.
Até novo anoitecer.
Porque sim.
É sempre assim.
1 comentário:
ISABEL VENÂNCIO
Querida Amiga,
RENDIDA AO SOL
Rendida ao sol
e porque sim
eterno retorno
de um imenso rol
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 23 de Janeiro de 2015
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