08 novembro 2011

Às vezes, abro certas portas.

Ontem, noitinha.
Entrei na casa de banho azul. 
Luminosa, ao teu gosto.
As toalhas garridas continuam.
Umas vezes, vermelhas.
Outras, amarelas. 

"É preciso fazer contrastes de cores, mamã!"

Evito olhar para o espelho.
 Testemunha de dores ... 
outros tantos sorrisos 
de alento.
Nele, vejo reflectida a tua ausência.
E eu, por detrás dos meus olhos.

As lágrimas penduradas, cá dentro ...
 E soltam-se os teus sons.




1 comentário:

manuela baptista disse...

contraste de cores

nas toalhas e nas vidas


um beijo, Isabel