28 julho 2011

Lentamente ... muito.



É dia 28 de Julho.
Que bom!
Ainda há pouco, via, aqui, no canto do meu computador
quarta 27 Julho

Fiz 56 anos!
Diz a minha mãe que me viu nascer ...
E se alegra de poder festejar o meu 56º aniversário!

Este é o meu quarto aniversário
(da minha segunda vida)
sem ti
meu filho David

Aniversários que parecem uma eternidade
fora do tempo
porque conto os dias
não os anos

E os dias são horas longas e lentas
e um pouco mais preguiçosas
no avançar dos ponteiros do relógio
do meu relógio da vida
da minha vida
sem ti.

O tempo é um contrasenso.
Já não procuro compreendê-lo.








Tempo

Se corre devagar o tempo, e o tempo
não corre, em que relógio contarei
os segundos que se demoram quando as
horas se precipitam, ou o amanhã

que nunca mais chega neste hoje
que já passou? Mas o tempo só o é
quando o perdemos; e ao ver que
é tarde, não se volta atrás, nem

as voltas que o tempo dá o voltam
a fazer andar. por isso é que o tempo
nos dá tempo para o ter, se ainda

houver tempo; e se tivermos de o perder,
nenhum tempo contará o tempo que se
gastou para saber o que se perdeu ou ganhou.



in "O Breve Sentimento do Eterno", de Nuno Júdice

2 comentários:

Jaime Latino Ferreira disse...

ISABEL VENÂNCIO


Querida Amiga,

Muitos parabéns!

Um beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Julho de 2011

manuela baptista disse...

seja contra ou a favor

o destempo é sempre o nosso tempo

faço como a sua mãe, alegro-me por a ter visto nascer

todos os dias

um beijo, Isabel!