Hoje, fui à FNAC.
Sem pressas.
Como, às vezes, me acontece num impulso provocado pelas saudades das imagens do David percorrendo, lentamente, os corredores do Jazz ou das músicas alternativas ...
Pondo e tirando os auriculares, naquela pose tão concentrada ... tão característica dele.
E comprei dois livros - "Onde a vida se perde" de Paulo Ferreira (1º romance) e "O bazar alemão" da Helena Marques, de quem gosto bastante. Pena que ela publique pouco.
É o Manel quem continua a encarregar-se da compra da maioria dos livros; informa-se e joga pelo seguro.
A mim, é-me "concedido o direito" de, por vezes, me apaixonar por um escritor ou um título ou uma capa e, ... eventualmente, "enfiar o barrete". Pareceram-me boas escolhas.
Comprei também três Cds, o novo da Cristina Blanco e os dois únicos que lá existiam do Ryuichi Sakamoto - Cinemage e BTTB.
Desta vez, não tive dúvidas quanto à escolha. A Cristina Branco foi-nos "apresentada" pelo David e gostamos de a ouvir. As letras são invulgares. É um fado com swing.
O Ryuichi Sakamoto foi uma oferta "do David para o Manel" de um natal qualquer. Distante.
Daquelas escolhas criteriosas e de grande qualidade do David, sempre um passo à frente e sempre informado.
Eu e o Manel, ouvimos muito esse Cd em Moledo; o som do piano coaduna-se bem com a brancura das paredes e com o verde dos montes.
E decidimos, porque não temos o David que nos "mostre" o que há de novo ..., comprar mais se o encontrássemos.
Lá estavam ... à minha espera.
O meu filho "perdido" é, ainda, nosso guia.
Meu guia, na música e nas veredas dos dias.
4 comentários:
Gostei da música do Ryuichi Sakamoto. O David tinha um gosto muito apurado. Vou tomá-lo como referência. Obrigada pelas sugestões e sobretudo por a sentir tranquila nesse passeio pela Fnac, em busca das memórias e não só.
Beijinhos
Branca
ontem fui à Fnac
a música de Sakamoto combina-se bem comigo, com o verde dos montes, com os livros e as canções de viajar
nas veredas talvez cresçam ervilhas de cheiro
talvez nos encontremos num outro lugar
ter um filho Isabel, é uma coisa que eu não sei
perder um filho também não
por isso lhe falo de outras coisas que eu sei e das que lhe posso ensinar
um beijo
manuela
Sempre o seu tom doce à flor da fala!
É um prazer ler tudo o que escreve.
Sei que não teve filhos. Nada a comentar. Tenho tantas amigas sem filhos!
Não viu um filho morrer!!
É inenarrável! Atroz.
...
Por isso, escrevo textos soltos, com temas indefinidos, uma palavra aqui, uma palavra acolá.
Juntá-las num discurso corrente e coerente seria reviver tudo, novamente.
E não sou capaz.
Está tudo tão presente que só posso saltitar entre as imagens.
Obrigada pelas coisas que ensina. São muitas e bonitas.
Um beijo
Isabel
sim , Isabel
um beijo
manuela
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