O tempo regressa, infalível.
Irreverente e obstinado.
Como o frio.
O tempo sempre.
Permanente na tua ausência tão presente!
Impõe a saudade que vem do passado
Percorridos que foram longos caminhos oblíquos.
Refugia-se num aperto de garganta
Emudecida por brumas de angústia do futuro.
Desencontro de tempos.
Tranco-o no pensamento.
Aprisiono-o num punho fechado para que não fuja.
Em direção às saudades que já tenho do futuro
Que seria.
Que fazer com o tempo?
Ou com os intervalos de tempo?
...
Aconchegar-me na eternidade de um olhar sereno
E antes, como agora.
Cavalgar o tempo.
1 comentário:
Muito belo o poema Isabel, bem como a música.
Encheu-me a alma este tempo, todos temos um e cada um de nós vários tempos ao longo da vida.
O seu, aquele que nos transmite é sempre um tempo muito especial.
Beijos
Branca
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