16 novembro 2012

Antes como agora


O tempo regressa, infalível.
Irreverente e obstinado.
Como o frio.
O tempo sempre.

Permanente na tua ausência tão presente!
Impõe a saudade que vem do passado
Percorridos que foram longos caminhos oblíquos.
Refugia-se num aperto de garganta
Emudecida por brumas de angústia do futuro.
Desencontro de tempos.


Tranco-o no pensamento.
Aprisiono-o num punho fechado para que não fuja.
Em direção às saudades que já tenho do futuro
Que seria.

Que fazer com o tempo?
Ou com os intervalos de tempo?
...
Aconchegar-me na eternidade de um olhar sereno
E antes, como agora.
Cavalgar o tempo.














1 comentário:

Branca disse...

Muito belo o poema Isabel, bem como a música.

Encheu-me a alma este tempo, todos temos um e cada um de nós vários tempos ao longo da vida.

O seu, aquele que nos transmite é sempre um tempo muito especial.

Beijos
Branca