Está tudo claro, no meu vazio escuro. Sei de cor a dor que terei de esconder pelo resto dos meus dias.
Resguardo-me no silêncio e até nas palavras mais ou menos automáticas com que aprendi a reagir à forma, às vezes, agreste, com que me falam.
Devem achar-me uma fortaleza! Que não sou ... mas iludo, tentando um sorriso polido. Recuando alguns passos para dentro de mim, para uma nesga de espaço vazio, onde me reconstruo.
Domino a arte do fingimento; da simulação que se aprendem à custa de nem eu sei bem o quê.
Porque a minha dor, se a exprimisse, como dói ... causaria dor ... a quem não quero.
Por isso, calo ou falo, adiando para depois a saudade que me escorre no sangue.
Mas, por vezes, tudo é demasiado, insustentável.
Regresso, aqui.
Regressarei sempre.
Deixar escoar a mágoa que vou guardando, em segredo.
Desfaço, então, a lisura da pele e desenho vincos por onde possam escorrer as lágrimas que aguardam pela solidão da noite.
E sossego, finalmente, no frente a frente, com a meiguice do olhar com que me olhas.
De uma fotografia.
Resguardo-me no silêncio e até nas palavras mais ou menos automáticas com que aprendi a reagir à forma, às vezes, agreste, com que me falam.
Devem achar-me uma fortaleza! Que não sou ... mas iludo, tentando um sorriso polido. Recuando alguns passos para dentro de mim, para uma nesga de espaço vazio, onde me reconstruo.
Domino a arte do fingimento; da simulação que se aprendem à custa de nem eu sei bem o quê.
Porque a minha dor, se a exprimisse, como dói ... causaria dor ... a quem não quero.
Por isso, calo ou falo, adiando para depois a saudade que me escorre no sangue.
Mas, por vezes, tudo é demasiado, insustentável.
Regresso, aqui.
Regressarei sempre.
Deixar escoar a mágoa que vou guardando, em segredo.
Desfaço, então, a lisura da pele e desenho vincos por onde possam escorrer as lágrimas que aguardam pela solidão da noite.
E sossego, finalmente, no frente a frente, com a meiguice do olhar com que me olhas.
De uma fotografia.
6 comentários:
:)
É apenas um sorriso.
Um abraço também, porque no silêncio da noite sei que lhe basta esse olhar de frente.
Dias com muitos sorrisos de netos.
Beijos
:)
É apenas um sorriso.
Um abraço também, porque no silêncio da noite sei que lhe basta esse olhar de frente.
Dias com muitos sorrisos de netos.
Beijos
Porque choro poruqe gosto porque sempre que volto a casa dos meus pais a tua foto está lá, porque choro porque sinto que não estive lá!
Isabel,
Como encontrei a mesma situação noutros sítios, esta mesma repetição um dia ou dois depois, já não tenho dúvidas de que a culpa não é do blogger, mas de quem gostará de brincar com coisas sérias, o que já não é novidade para mim.
Só muito depois dos 50 anos conheci por aqui gente que não respeita nada, nem sequer a dor ou a idade, mesmo que sejam senhoras de 80 anos e mais, mas aprende-se até morrer, vivia num mundo de gente educada e bem formada, talvez um mundo de fadas, passei a conhecer outro lado da vida.
Sempre que houverem repetições pode apagar. Só escrevo com a minha cara.
Beijinhos
Branca
Amiga penso compreender o que escreve.
Venho aqui muitas vezes sem nada
escrever.Fico a ler o que escreve.
E tenho estado a olhar há minutos
para a fotografia(e penso que
compreendo o que sente, mas devo
estar muito longe da realidade)essa
só a amiga sente...
Um beijinho da que muitas vezes pensa
em si.E fico mais uns minutos a olhar
para a fotografia.
Beijinho
Irene Alves
:)
É apenas um sorriso.
Um abraço também, porque no silêncio da noite sei que lhe basta esse olhar de frente.
Dias com muitos sorrisos de netos.
Beijos
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