06 dezembro 2015

Repetindo, repetindo, repetindo ...


Aqui regresso, à casa do silêncio.
Arremessada pela lava do vulcão da dor.
Pela incapacidade de te resgatar da juventude perdida no mar.

Cá no fundo me encolho.
Ou escondo.
No escuro e na lama me revolvo em ondas de raiva.
Ensimesmada, protejo-me de olhares alheios.
Se ando bem?

Ando bem.
Embora não chame a isto viver.
Antes sobreviver, dentro de um coração desassossegado.
Perdida sempre na ilusão de te sentir tão perto.
Ainda.

Aprende-se a parecer feliz com bem pouco.
Na modéstia dos desejos.

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