Neste dia incerto, entre o choro e o riso
Entre o já não ser eu e o ainda não ser outra
Neste tempo certo das palavras mudas
Ponte suspensa de um ponteiro de relógio
Vejo nas copas das árvores despidas de lágrimas
Uma sombra imóvel
Que desenha um gesto urgente de silêncio e de doçura
E me arrebata da vertigem da saudade ou da descoloração dos dias
Para a ondulação do mar onde flutuas
Dentro da minha mente
Ou por dentro das estrelas
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