04 setembro 2014

Um outro luto ...



Antes que a água que rebentou do meu chão
À l'envers
Molhe o tecto e leve, novamente,
O tu que me restou
O teu saber
As tuas luzes
Os teus sons de percussão


E se instale o silêncio
Ou a escuridão

Antes que se faça tarde
E a passividade me adormeça os sentidos
Ou a tua letra se descole em palavras soltas
Por entre fios líquidos
E os teus materiais de estudo de luz se diluam
No leito de água que brotou do chão
À l'envers

Antes que as cortinas se fechem
E tudo se encerre no passado
...


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