28 setembro 2014

Dias soltos




Ao longo de cada lento e longo instante
O dia desprende-se do sol
Escurecida eu
Debruço-me no lusco-fusco
Do abismo que me atrai
De retorno ao tempo
Que percorríamos a par
Seguros 
Ao som da esperança

E as imagens ressurgem
Nítidas, penosas
Ternas
Sobrepõem-se ao aço do tempo
Entre mim e ti

Num corpo cansado
Ausente, numa máscara perfeita
A todos engano

Alguém saberá que permaneço
Ainda
Nesse tempo onde me sentia gente?





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