16 agosto 2013

Obrigada, Nuno Meireles


   


Moledo
Dias de Agosto reinventados
Pela manhã
Empurrando a dor pelo monte acima
Qual Sísifo
Cada dia
E vai caindo
Resvalando pelo monte, abaixo
Cada noite
E eu
Empurrando sempre
Reinventando força
Colando sorrisos penosos
Por cima das pálpebras
Húmidas por baixo
Enquanto a lua não chega
O nó na garganta
Distendendo-se
Ao adormecer
















,linfa holmes
L,K

1 comentário:

Branca disse...

Muito lindo Isabel. Partilhei no facebook o vídeo, porque não é só um poema dito, é muito mais...é toda uma vida que ainda se desenrola e dá frutos. E este seu poema aqui escrito, esta saudade tão dolorosa, mas tao bela ao mesmo tempo é também ela vida.

Um beijinho muito grande.