Será o som de foguetes, o som que ouço?
Ou o bater do coração, talvez mais forte ou desolado, hoje
Que sei ser o dia antes de um dia de sol
Do Abril em que vieste?
Mas não estás ...
O ribombar dos foguetes continua.
Têm a cor dos cravos vermelhos de um outro Abril.
Num palco que iluminaste, numa noite ...
Quase igual.
Num hino, muito teu, à Liberdade.
Os cravos.
Deixo-os, às vezes, outros, no areal, junto ao teu mar ...
Os foguetes!
O renovar do hino.
Quero mas não quero ouvir.
Tapo os ouvidos.
Apago a luz.
Não existir.