Fala-se de dias e dias que escorrem ... sem um filho que partiu! Fala-se à toa ... e escreve-se, sempre, para silenciar a saudade ou as lágrimas. À toa ...
o amanhecer para a angústia e para o medo e o anoitecer para o medo e para o nada,
sobrepõe-se ao outro,
outubro
2007.
Senti-o, antes de o confirmar.
Estranhei-o porque ainda não acontecera tudo acontecer ou ter acontecido naquele dia do mês - 5 ...6...7...8... 10 ... 11... - coincidindo com o mesmo dia da semana - ... a sexta ... o sábado ... a despedida do mar ... a febre de uma lágrima ... o esperar ...
O mesmo areal de Moledo.
Só a chuva substituindo o sol.
Ou nem isso.
Nem tu.
E não, não se sente da mesma forma!
As horas são mais lentas.
Os sonhos acordam-me porque - na próxima semana ...
A dor aperta mais.
O suor invade os poros.
O equilíbrio torna-se instável, como prédio implodido que deixa uma clareira
O olhar perde-se em busca de algo que diga que não.