Aos olhares e ouvidos alheios, não deve ter já qualquer significado este pulsar contínuo que sinto, vindo de dentro, e escorrega e ecoa como num poço fundo.
Este pulsar chama-se dor; chama-se saudade imensa.
É, ainda, chama quente e viva.
Sei que é quase invisível; um breve suspiro mais audível ou um desejo secreto de sair e voar; de deixar de ouvir o que se diz; de deixar de ver o que se vê.
Sair e deixar de estar ali ...
Para voltar atrás, por um tempo, de que só eu conheço as bermas, as barreiras, os perigos, as pedrinhas do caminho.
E regresso!
Regresso, sempre, atrás; olho por cima do ombro e revejo a estrada que trilhei ... terei sido eu?
Aquela que se ergueu?
Contigo!
Ou a que, agora, baixa os braços de cansaço e se entrega à solidão?
Este pulsar chama-se dor; chama-se saudade imensa.
É, ainda, chama quente e viva.
Sei que é quase invisível; um breve suspiro mais audível ou um desejo secreto de sair e voar; de deixar de ouvir o que se diz; de deixar de ver o que se vê.
Sair e deixar de estar ali ...
Para voltar atrás, por um tempo, de que só eu conheço as bermas, as barreiras, os perigos, as pedrinhas do caminho.
E regresso!
Regresso, sempre, atrás; olho por cima do ombro e revejo a estrada que trilhei ... terei sido eu?
Aquela que se ergueu?
Contigo!
Ou a que, agora, baixa os braços de cansaço e se entrega à solidão?
Não um adeus distante
Ou um adeus de quem não torna cá,
Nem espera tornar.
Um adeus de até já,
Como a alguém que se espera a cada instante.
Álvaro Feijó