20 fevereiro 2014

Nós

Eu mais eu.
Se uma avança, logo a outra recua.
Se uma se prende, logo a outra se desprende.
Se uma se mostra, logo a outra se esconde.
O que uma fala a outra cala.
Assim vamos.
Irremediavelmente prisioneiras uma da outra.
Num corpo sem memória.
Dois corações invisíveis batem descompassadamente, doentes, desencontrados.



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