19 janeiro 2015

Aquele dia ... de todos os meses.


Porque mal o dia acorda
Pressinto-te
Naquela espécie de abandono de mim
Que, em mim, se instala.

Fixo-me no olhar com que sorris
Da fotografia do passe-partout
Cansado das viagens em que sempre me acompanhas
Estendo a mão
Passeio-a pela tua face ...
Percorro com os dedos cada contorno
Do teu rosto jovem
Que jovem eras!

O olhar retrai-se.
Imobiliza-se na brancura da parede
Em busca de uma resposta que nunca virá.





1 comentário:

Branca disse...

Gosto sempre destes versos de amor...

Há respostas que a vida nunca nos dará...

Um grande abraço Isabel, com carinho.

Beijos também.
Branca