26 março 2011

Nem sim, nem não

Este dia está assim, manchado de azul, depois de cinzento, depois nem sim, nem não.
É dos tais que oprimem, que envolvem o peito de nostalgia e a acorrentam; a amordaçam.
Para que a tristeza ou essa tal nostalgia não se libertem.
...
Não me importava de, por vezes, me sentir mais leve.
Menos nem sim, nem não.
Porque da saudade não vou abrir mão.
Não!
Da saudade ... a tal verdadeira, única saudade
Que é a que temos de quem não mais veremos!
Fruto da certeza irreversível!
Não!
Dessa não abro mão!
É minha, vem de dentro, quero-a ali.
Perdida no mar sem fim, onde navegas.
...
É o tempo viscoso desta tarde ...
Que oprime as veias do pescoço
E faz com que se fique assim,
neste sim, neste não ...
Tu, não; tu és sim.
A certeza.


1 comentário:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Venho aqui de vez em quando silenciosamente e hoje deixo
umas palavras: um beijinho e
a certeza que penso em si.
Irene