07 março 2011

Livros


Sem mais delongas e porque sempre gostei de ler e cada vez mais me esqueço dos títulos dos livros que vou lendo, decidi tomar notas aqui.
Com a quantidade de drogas que tomo para dormir e para a depressão chamada tristeza, a minha cabeça pifou. Aqui há uns dias, uma amiga minha perguntou-me que livros andava a ler ... e não fui capaz de lhe responder; não me saiu nada, apesar de puxar pela cabeça.
Foi o Manel quem veio em meu socorro e lá disse alguns dos que lera e qual andava a ler.
É o meu bibliotecário pessoas, tal como alguns têm um personal trainer.
Como se juntaram muitos, refiro-me, apenas, aos livros que li desde o início do ano.
Assim, aqui fica, para mim própria e alguém que queira ter informação sobre os livros. Uns melhores, outros piores. Claro que os pormenores podem sempre ser verificados na web.

"Seis suspeitos" de Vikas Swarup - Gostei muito. Reflecte a sociedade indiana, suas castas, corrupção dos mais altos governantes, ...

"O Diário de Eva Braun" - Simone Bernard-Dupré - Interessante. A relação amorosa de Eva Braun e Hitler e a forma como ela via o que se passava é o tema central do livro.

"Do fundo do coração" de Mary Higgins Clark" - Policial. Sempre gostei desta escritora. Não corri riscos ao comprar este livro.














"O Tigre Branco" de Aravind Adiga. Índia, castas, corrupção, relaçoes humanas ... Muito bom, mesmo.

"Entre os assassinatos" de Aravind Adiga, também. Gostei mas não tanto como do anterior.

"O jogo do anjo" de Carlos Ruiz Zafon. Médio. O primeiro era muito melhor. Não comprei o que está agora à venda porque fiquei desiludida com o segundo. Vamos ver ...

As Benevolentes"As Benevolentes" de Jonhathan Lintel. Livro grossíssimo. Demorei muito mas vale a pena. É um retrato de alguns episódios da segunda guerra mundial, vistos por uma alta patente que tem a particularidade de ser homossexual. O horror do fim da guerra, depois da invasão frustrada da Rússia.





"Os detectives selvagens" de Roberto Bolano. México, relações humanas entre intelectuais ... Um pouco confuso. Não Gostei.

2666"2666" de Roberto Bolano, também. Livro grossíssimo. Gostei mais. Diversos enredos que se entrelaçam, a partir da procura de um escritor famoso que nunca ninguém viu pessoalmente. O espaço predominante é Santa Teresa no México, mas também visitamos brevemente Paris, Londres, Milão. Demasiado entrecruzado para o descrever, neste espaço.




"Prenúncio de chuva" de Dennis Lehane (autor de Mystic River). Gostei muito.

"Cléo" de Helen Brown. Foi-me sugerido por uma amiga do facebook que, tal como eu, perdeu uma filha. Relata as vivências de uma mãe a quem morre um filho, num acidente de automóvel. Gostei.

"O barão trepador" de Ítalo Calvino. Li algumas páginas. Pu-lo de lado, para já. Exige muita concentração e o assunto é pouco motivador.

"Contos" de Alexandre Puchkin.  Gosta-se sempre. Leio-os, no intervalo dos outros ou quando vou de viagem. São contos curtos.

De Naguib Mahfouz, li a Trilogia do Cairo. Egipto, a sociedade egípcia, a revolução, as tradições familiares, o papel da mulher, a morte. São três volumes bem grossos. Gostei muito. Mas confesso que avancei aquelas passagens demasiado descritivas.

Ando a ler "Os filhos do nosso bairro" também de
Naguib Mahfouz - Prémio Nobel da Literatura


Estou a gostar.









Interrompi para ler um outro livro, sugerido também pela Ana Granja sobre a morte de alguém que nos é próximo. "Um homem de palavra" de Imma Monsó. Gostei, tanto da reflexão sobre a morte em si, como do estilo de escrita. Leio todos os livros que abordem a questão da morte de um filho.
Por hoje, chega. Faltam todos os outros que li, antes da doença e morte do David. Nessa altura, não conseguia ler; as letras dançavam à frente dos meus olhos, quase sempre cheios de lágrimas, na hora de deitar. 
Nessa altura, optei por fazer malha, cachecóis, ao ritmo da liga, meia, meia, meia, liga, laça, remata ... Era e ainda é uma actividade mecânica que esvazia a mente. 


Vou ter de ir à procura desses tais livros.





A seguir, tenho em fila de espera "No mar há crocodilos" de Fábio Geda.
No Mar Há Crocodilos - Ampliar Imagem

















3 comentários:

Anónimo disse...

Isabel, é bom ler, muito bom. Experimente o Richard Zimmler, acho que vai gostar. Eu li todos de uma ponta à outra compulsivamente. Aborda muito a questão judaíca, mas é muito bom. Quando o livro acaba, ficamos com pena.
Um beijinho, fique bem.
MM

Isabel Venâncio disse...

Olá, MM, obrigada por me acompanhar há tanto tempo.
É uma fiel amiga internauta.
Também gosto do Zimmler, embora só tenha lido ainda dois livros dele.
Vou mesmo ter de ir anotando o que leio ... senão esqueço-me completamente dos títulos dos livros.

Um beijo
Isabel

Anónimo disse...

Não tem de agradecer, Isabel, acompanho-a no seu percurso, sempre na esperança que a tristeza deixe de preencher o seu coração, e que fique apenas uma cicatriz..dolorosa, dormente, mas sem ser impeditiva de ser feliz.
Um beijinho
MM