13 abril 2009

Música, sempre.


Casal Shuman- Casa das Artes
Estúdio de Ópera do Porto

O meu David anda, realmente, por aí...
Na música, no sorriso dum bebé, nas saudades dos amigos, nas eólicas no cimo do monte, na iluminação da minha casa de Moledo. Nas tonalidades do pôr-do-sol.
Mas, sobretudo, na música. Em todo o tipo de música.
Mais no jazz, sempre.
Mas também naquela que o Jaime prefere, a clássica, como a de Jordi Saval (a propósito de la "voix humaine").
O David tinha muitos projectos musicais; um deles, o mais desejado, passava pela iluminação de uma ópera.
Chegou a ter agendado um encontro para concretizar um projecto com um maestro conhecido.
Não desistiu; apenas não foi a tempo, no seu curto tempo de percurso.
O David trabalhou, durante umas temporadas, com o Estúdio de Ópera, na Casa das Artes, no Porto.
Encenou e iluminou uma peça de Shuman; uma das fotos desse espectáculo saiu numa revista norte americana, reconhecida na área da iluminação cénica.
Chorou, emocionado, quando me mostrou a página e o nome dele na revista.
Gostava da luz ... porque lhe permitia estar sempre pertinho da música.
De música boa.

Aproveito as coincidências do Jaime e deixo mais um programa.
Do David, sempre...

Eliane Elias

Assim como não há só norte-americanos no mundo do jazz, também não há só homens.

Hoje, o programa é sobre uma óptima pianista que se chama Eliane Elias. Esta senhora é brasileira.

Eliane Elias herdou o seu talento da sua mãe Lucia, uma pianista de música clássica que, por vezes, também tocava jazz.

Também Eliane mistura a clássica com o jazz, tendo chegado a ser uma das únicas pessoas no mundo da música a lançar álbuns de música clássica e de jazz, em simultâneo.

A sua vida profissional deu um grande salto quando, depois de se mudar para Nova Iorque, se juntou ao famoso grupo Steps Ahead, onde tocavam músicos como o saxofonista Michael Brecker e o baterista Peter Erskine.

Eliane Elias tocou muito e com gente muito boa. Chegou até ao ponto de ser a directora musical da banda de Gilberto Gil.

Hoje vamos ouvi-la tocar um clássico de Baden Powell que se chama “Samba Triste”

Ouçam que jazz faz tarde...

David Sobral

Eliane Elias - Samba Triste

3 comentários:

jaime latino ferreira disse...

SAMBA


Samba triste não pára de dançar
Convite à Alegria que está por todo o lado
Mora nos confins e dorme ao luar
Mesmo que não saiba o que canta o fado

Em toda a vastidão corre pelo prado
Por ele evolui eterno no dançar
Soletra uma canção para o bem amado
Silvo de uma eólica no seu rodopiar

Ginga pela música como eterno par
Iluminado e só nesse seu estrado
Cheio de sombra e luz desde o começar

Desde que nasceu até que encurvado
Nunca mais parou de dançar no ar
Comigo te levei por sentir-me honrado


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Abril de 2009

jaime latino ferreira disse...

AVES QUE SOU


Eu sou a cotovia

E quero esvoaçar

Voo pelo ar

De quem me abençoar



Eu sou uma andorinha

Sigo a viajar

Trago a Primavera

Quem me irá cantar



Sou um rouxinol

E vejo no meu sol

Calor de iluminar

Quem me o irá negar



Sou a voz do cuco

Canto o meu trinar

Terceira pequenina

Do meu baptizar


( in complemento, na caixa de comentários da página do meu blogue, A Música das Palavras, O Voo da Cotovia de 14 de Abril de 2009 )

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Abril de 2009

Ana Cristina disse...

1 beijo ao som da música do David.

Já devia estar a dormir pois como ele diria "Jazz's faz tarde.."

Nini