16 outubro 2008

Rastos



São as músicas, são "mensagens" das letras das canções, são as palavras de despedida de quem gostava dele que, nestes dias, me ajudam a suportar a ausência do David.
E o silêncio.
Sons, palavras, imagens e silêncio.

"Do que um homem é capaz, as coisas que ele faz p'ra chegar aonde quer. É capaz de dar a vida p'ra levar de vencida uma razão de viver. A vida é como uma estrada que vai sendo traçada, sem nunca arrepiar caminho. E quem pensa estar parado vai no sentido errado, a caminhar sozinho."
José Mário Branco (Uma das canções e letras preferidas do David)


Despedida dos Amigos em 19Outubro07

Caro amigo:
Desde que nasceste que vi a tua estrela diferente de todos, num registo únici e irrepetível que nos prendeu a mim, à Laurinda (à Cândida, como lhe chamas) e ao teu contemporâneo amigo, mais antigo, o nosso João. A tua vida curta, mas cheia, só aumentou essa estrela e revelou, no homem maduro, a promessa desenhada, a criatividade, a ternura, a inteligência, a solidariedade. Onde estás, a minha companhia não te fará certamente falta, mas tu já deixaste um vazio definitivo. Já ouço o que estás a pensar, que estás a meu lado e aí estarás sempre. É verdade mas, neste momento, é um pobre consolo para nós, egoístas, que sofremos. Amanhã, mais conformados, sentiremos, novamente, a tua presença, o teu sentido de humor, o teu afecto. Espero que lá, onde estás, possas continuar a partilhar os teus sonhos connosco e mesmo a aconselhar-me na Banda Desenhada.
Um abraço do tamanho do mundo do teu amigo
Manuel Simas


Olá, David

É só para deixar um grande abraço e agradecer por me teres ensinado a gostar e a sentir a música.

Marco Pereira


Meu caro David

Eu e a Manela não somos capazes de exprimir tanta amizade que nos uniu a ti e tanto carinho que sempre sentimos. Tu sabes que eu era o Amigo de Chaves. Temos muitas saudades tuas. Um abraço e um segredo ao ouvido com uma daquelas maluqueiras de Chaves.

Vitor e Manela


David

Pouco convivemos, mas nunca me vou esquecer dos piqueniques na tua querida mãe e do Manel, onde tu com o teu sorriso maravilhoso nos encantava. E aquela conversa de 1 hora, que foi como uma prenda, em casa do Simas, quando ele fez 60 anos, em Vieira do Minho. Foi aí que me contaste os teus projectos e as tuas experiências. Comoveu-me e jamais sairás do meu pensamento. Olha, sabes, falei com a Filipa e ela ficou muito emocionada quando lhe contei que houve um pequeno momento em que pronunciaste o nome dela. E o diapositivo contigo é lindo e manda-te um grande beijo e recorda aquele passeio até Monção.
Muitas saudades e até sempre.
Elsa César

2 comentários:

Anónimo disse...

Isabel.David.Só para deixar um abraço, se deixarem e quiserem.
MM

Anónimo disse...

Minha querida

O seu blog nada tem de comum com outros da mesma natureza, que tenho visto.
É diferente em tudo - no recato, na introspecção, na discrição, nos textos sempre tão bonitos.
Imagino a sorte que o David teve em ter uma mãe como a Isabel.
Percebo o receio dele de que a mãe sofresse.
Imagino-vos a partilhar sorrisos para esconderem o receio comum de que o outro estivesse a sofrer.
Não imagino a sua saudade.
Sente-se logo, ao entrar aqui.
Mas imaginá-la...não consigo.
Fico logo com um nó na garganta.
Uma voz amiga