28 março 2008


Foi tarde de me passear por ti, pelas tuas fotografias, pelos teus textos, pelas tuas luzes, pela tua música.
Há um ano, ontem, estreavas o concerto "João", com a tua LUZ.
Estávamos lá todos...até a tal prima que tanta dor te traria!! Não via como a vida estava a ser madrasta para ti.
Mas, há um ano, estavas feliz!
E eu aqui.


30
Já a luz se apagou do chão do mundo,
deixei de ser mortal a noite inteira;
ofensa grave a minha, que tentei
misturar-me aos duendes na floresta.
De máscara perfeita, e corpo ausente,
a todos enganei, e ninguém nunca
saberia que ainda permaneço
deste lado do tempo onde sou gente.
Não fora o gesto humano de querer-te
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre.

António Franco Alexandre

1 comentário:

Anónimo disse...

"O David será sempre o meu menino da luz" - disse-me a Maria João com os olhos húmidos.
Beijinhos da Nini